sábado, 31 de dezembro de 2011

Último dia do ano. Obrigado PAI por tudo!!!
Desejo a cada um de vocês muitas alegrias, grandes realizações, desenvolvimento do espírito e bençãos e bençãos do CRIADOR.
Cultive o amor. O amor pelo companheiro, pelos pais, pelos filhos, pelos irmãos, pelos amigos. Preocupe-se com o coletivo e deixe de olhar tanto para o próprio umbigo, somente. Que a nossa relação se fortaleça em 2012 e que o agradecimento a Deus seja constante porque o que ele nos proporciona é de uma sabedoria e benignidade extraordinárias.
Um beijo na alma do todos!!!!!

sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL 2011!


NATAL DE 2011

O tempo sabiamente ensina e de tudo se encarrega. Tem a capacidade de (re)adequar, de reconfigurar, as coisas e trazer respostas. O tempo baila no ar e nos empurra para a vivência. Viver é preciso, é urgente, é missão! Na pulsação dos fatos, vamos conduzindo nossas vidas. Ora errando, ora acertando, assim nos compactamos. Infelizmente, muito da sublimidade da vida é esquecida, deixada de lado. Às vezes, precisamos parar. Descer da roda. Se colocar de fora da correria desenfreada de nossos dias e observar as pequenas coisas da vida. Pequenas coisas que trazem grandes significados!    Amigo, você é uma estrela. É assim que te vejo. Você veio a terra para trazer brilho. Então, brilhe! Brilhe na prática do bem, na ajuda desinteressada ao próximo, na construção de um mundo melhor. Suplante a sua essência má – que todos nós possuímos – e dê vazão a sua parte do bem. Acredite nos seus sonhos, cultive-os... um dia, de alguma forma, se tornarão realidade. Limpe o pensamento. Exerça, empreenda ações, que façam florescer coisas belas e benéficas. Trabalhe sem desanimar pela harmonia deste planeta que nos acolhe e de tanta maravilha nos cobre e bebendo da maestria de Vinícius de Moraes – meu poeta maior - ame intensamente e com o pensamento de eternidade enquanto o sentimento perdurar.

Quero te convidar neste Natal, neste final de ano, a realizar uma reforma íntima, a rever determinadas importâncias concedidas a coisas que são na verdade, irrelevantes. Não se torne escravo do consumismo exacerbado. Além dos presentes materiais, distribua amor, carinho, afeto, solidariedade, ou, somente, motivações altruístas e reconfortantes.  Você pode até achar tudo isso piegas. Pode pensar diferente... tem todo o direito. No entanto, pela minha vivência, afirmo, reafirmo se for necessário, que viver é compartilhar de momentos com o outro, sempre. Emocionar a nós mesmos e aos outros faz um bem danado. Somos uma família universal, devemos entender que sem um sentido de coletividade pouco se constrói. Precisamos ser plural, dar a mão ao outro e assim justificar a nossa existência. Para sintetizar esse espírito natalino, apresento a vocês uma história:

Noite de Natal no Rio de Janeiro. São aproximadamente 19 horas e a movimentação é intensa nas ruas da cidade. No subúrbio de Olinda, na estação de trem, uma senhora aparentando os seus cinquenta anos, sentada quase na entrada de acesso a plataforma, pede ajuda para alimentar o seu filho. O menino brinca com um carrinho velho e na inocência de seus presumíveis nove, dez anos, sua cabecinha deve fervilhar em muitas indagações sobre a vida. A mulher com uma aparência muito sofrida implora por ajuda ao seu filho e deseja um feliz natal a todos que passam por ela.

Um rapaz com os seus vinte e poucos anos, carregando bolsas e sacolas com roupas e tênis novos, cruza o caminho da pobre senhora da estação ferroviária. Ele se compadece com aquela cena de abandono e decide parar para dar um trocado qualquer que ajude àquela senhora. Naqueles poucos, porém intensos, minutos conhece um pouco da história daquela senhora. Fica sabendo de alguns dramas vividos e descobre que o grande sonho dela é poder dar um violão para o filho. Explica do fascínio do menino pelo instrumento e destaca que sonha em um dia vê-lo como músico profissional.

O rapaz após a conversa com a senhora, deixa uma quantia em dinheiro – hoje algo em torno de cinquenta reais – e diz que aquele dinheiro é pra ela comprar alguma alimentação para aquela noite de natal. A mulher com lágrimas nos olhos agradece, agradece e agradece.

Durante toda a celebração do natal, esse rapaz não para de pensar naquela cena que presenciou na estação de Olinda e pede a Deus que abençoe aquela mulher e o seu filho. Dois dias após o natal, o rapaz decide voltar a estação de trem e presentear o filho daquela senhora com um violão - esquecido por ele há tempos, no seu guarda-roupa. Retorna e não encontra a mulher. Pergunta para alguns vendedores de balas que marcam ponto ali sobre a mulher da noite de natal e é informado que ela está numa praça próxima da estação. Chegando a praça, logo a reencontra. A alegria é imensa de ambos. O rapaz entrega o presente para o filho da senhora e dá um longo abraço na mãe e no filho. Naquele momento, o destino escreve um capítulo de ligação definitivamente entre os personagens.

Vinte anos se passam e nunca mais o rapaz volta a encontrar novamente aquela senhora. Agora já casado e com filhos, o rapaz procura uma escola de música para matricular o seu caçula. É indicada, por um amigo, uma respeitosa escola de música de um conceituado violonista brasileiro, no bairro de Laranjeiras. Vai até a escola de música, se agrada com o ambiente e com a metodologia utilizada e decide matricular o seu filho. No primeiro dia de aula do filho, ao chegar com bastante antecedência na escola, senta-se num banquinho no meio de um jardim, enquanto o seu filho brinca com um amigo. No meio de plantas e de uma fonte de água, tradução perfeita de harmonia, a força do acaso se manifesta. Tem a oportunidade de conhecer o professor e proprietário da escola.

Figura conhecida no cenário musical e realizador de vários trabalhos marcantes com ícones da música popular brasileira, o professor muito falante, conta com orgulho a sua história de vida e se emociona ao lembrar-se de sua mãe. Conta que ela não pôde ver o sonho - que era na verdade de ambos - realizado. O sonho de minha mãe era me ver como músico profissional, em lágrimas profere o professor. Cita um fato que foi decisivo em sua caminhada. O dia em que vivendo na rua com a mãe, recebeu de um homem um violão usado e a partir daquele presente toda a sua vida se transformou. Detalha mais sobre esse encontro dizendo que esse homem que lhe deu o violão dois dias após um natal, havia lhe propiciado, na noite de natal, um dos momentos mais felizes ao lado de sua mãe. Uma noite de natal com frango assado, refrigerante e panetone, e naquele clima, o soar de palavras definitivas de sua mãe que afirmava existir no mundo, mesmo com toda a sua dureza, pessoas boas e que espalhavam alegria pelo mundo.

Uma emoção intensa tomou conta do ambiente e após algumas perguntas, a constatação. O destino tratara de reunir novamente aqueles personagens. Choro, abraços, e uma sensação indescritível de bem estar envolveu aos dois. A vida reservara um encontro sobremaneiramente especial.

Quero com essa história dividir com você(s) a minha emoção. Tenho a certeza de que todo bem que fazemos, toda a ajuda dispensada aos sofredores deste mundo, àqueles privados das coisas mais básicas, não se perde nunca na roda do tempo. Qualquer ação na qual o bem comum seja o alvo a se atingir, forças e proporções gigantescas fluídicas do universo, destilam sua magia.  Como disse Caetano Veloso, “gente é pra brilhar e não pra morrer de fome”. Nessa vertente deposito as minhas fichas de que alcançaremos um grau elevado de altruísmo – espero que rapidamente – e o viver será algo satisfatório para a esmagadora maioria das pessoas. Posso ser um sonhador... mas, nesse sonho é que quero estar envolvido até o último dia de minha estada neste planeta.

Acredite na bondade, no universo, em Deus, em você. Saiba que quando a gente ameniza o sofrimento de alguém, quem mais ganha, por incrível que pareça, somos nós mesmos. Desejo de todo o meu coração que você(s) se liberte de algumas maléficas convenções impostas e carregue consigo a certeza, ao findar de cada dia, que realizou, pelo menos, uma boa ação que seja. Tudo na vida é exercício... exercite a sua melhor e mais bonita essência. Abrace o projeto de auxiliar o Criador na sua tarefa árdua de extirpar o mal e harmonizar as relações humanas. Amor em sua vida. Muito amor! Pois sem amor nada seríamos, sentenciou Paulo de Tarso em 1 Coríntios, capítulo 13, há milhares de anos atrás:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos.

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

FELIZ NATAL DE VERDADE PRA VOCÊ(S), com todo amor!
Daniel Freire

domingo, 4 de dezembro de 2011

Adeus a um doutor!

Crédito: globoesporte.com

Nos deixou nesta madrugada um cara que foi referência quando se fala em futebol bem jogado. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou, simplesmente, Doutor Sócrates.
Nascido em Ribeirão Preto, formou-se em Medicina, porém, foi ser profissional atuante daquele que era o seu hobby preferido, jogar futebol. Começou no Botafogo de Ribeirão Preto, mas ganhou notoriedade no Corinthians, onde além do futebol se destacou por ter encabeçado um movimento revolucionário que pregava a participação efetiva do atleta na vida do clube e no posicionamento social, era a Democracia Corinthiana.
Jogou ainda na Fiorentina da Itália, Flamengo, Santos e Seleção Brasileira. Sempre lúcido e consistente nos seus discursos não se esquivava de comentar sobre qualquer assunto que fosse. Assumia gostar de beber, sem no entanto, nunca ter misturado o profissional com o pessoal.
Neste último ano descobriu uma cirrose hepática e teve que dar entrada algumas vezes em hospitais. Hospitais esses, que tinha pavor e numa de suas últimas entrevistas afirmou, que havia fugido do hospital, assim como Darcy Ribeiro, para se tratar. Faleceu no hospital Albert Einstein em decorrência de uma infecção generalizada. Tinha 57 anos, deixa esposa e seis filhos.
Sócrates foi um cara que soube como ninguém tratar com carinho a bola. Foi Doutor também nos campos de futebol. Na forma esguia de se movimentar, nos passes cirúrgicos e cheios de perfeição que soube realizar, nos gols, e na característica marcante do toque de calcanhar, que dificilmente errava, se estebeleceu como Doutor da bola. Me orgulho de tê-lo visto desfilar o seu charme pelos gramados. Agradeço pela sua participação nos campos de futebol, o abrilhantando, e pelas palavras e pensamento coerentes e inteligentes que muito farão falta.
Um beijo em sua alma!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tão Down!!!

Sei lá o que me atinge!!!! Me sentindo mal, retorcido por pensamentos depreciativos e inexoravelmente baixo astral, tento caminhar.
Queria transpor facilmente essa barreira. Queria sentir o gosto da sublimidade. Na mente o mundo tá muito sem cor e na labuta de construção personalística me ponho a tentar compreender esses dissabores sentimentais.
Fechado, trancado em mim mesmo sigo adiante! Amanhã o sorriso volta, o corpo se solta, o verbo se liberta e minha alma absorve a cor maravilhosa do universo. Os pensamentos floridos hão de ressurgir e me embalarão na delicadeza desse ato irrefutável, soberbo, chamado viver!
Pai, afasta de mim esse cálice!!!!!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Yasmim, muito bem vinda!!!

Nasceu no último dia 18, Yasmim. Minha filha!!! Mais um alicerce em minha vida. Nasceu com 47 cm e 2,900 Kg. Obrigado PAI por esse "Ser" ter brotado, concebido por ti, e de ter sido colocado aos meus cuidados. Vou cuidar dela com todo afinco, assim como faço com o Thiago - o meu 1° filho - e prometo ser dedicado, amoroso, educador, confidente, e acima de tudo um grande e verdadeiro amigo. Que o Senhor me conceda a capacidade para exercer todas essas funções com sabedoria e eficácia. Que eu consiga, Senhor, direcionar o meu amor de forma intensa para ambos - cada um com uma particularidade - e que tenha a perspicácia de saber o que é melhor pra cada um.
Minha vida ganha novo brilho. Em harmonia com o brilho já existente embeleza ainda mais e extasia a minha existência. Yasmim, te amo!!! Estamos juntos.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Míriam Leitão!


Mulheres comumente são delicadas... mas existem mulheres que carregam a delicadeza tendo em volta uma força impressionante. São mais aguerridas, mais persistentes, mais determinadas. Se caracterizam por uma história de superação. Existe uma mulher pela qual tenho uma admiração considerável e pessoa esta que me aproximou e me fez entender um pouco, um tema meio chatinho. Essa mulher tem destacado espaço na vida política, econômica, deste país. Mas trás consigo, além de todo o seu convincente conhecimento, uma narrativa linda de vida.
Miriam Leitão, mineira de Caratinga, é uma das mais dedicadas e competentes jornalistas do Brasil. Ex militante de esquerda Míriam é uma voz ativa no Jornalismo brasileiro e que já incomodou muita gente graúda nesse país. Hoje na Rede Globo, não se furta a falar o que pensa e até mesmo algumas vezes repreendida pela emissora - assim como Alexandre Garcia - continua a expor a sua opinião sempre contundente.
Descobri há uns dois, três meses, um relato emocionante da Miriam, em seu blog, falando sobre a sua mãe, a dona Mariana. Não tive vergonha em deixar deslizar uma lágrima e a partir dessa crônica a minha admiração aumentou muito mais por ela. Miriam te acompanho, te sigo, e se um dia chegar a ser 20% do que você é, como profissional e creio eu como pessoa também, já estarei em êxtase. Um beijo! Eis a crônica:

Enviado por Míriam Leitão - 
08.05.2011

Minha mãe, Mariana, era doce e forte. Ouço até seus silêncios

Eu queria que todos a conhecessem. Mariana, minha mãe, morreu de um infarto fulminante, do qual ela sobreviveu por dois dias, talvez para se despedir dos filhos. Isso foi há muitos anos, ela morreu aos 64, super jovem. Como seu único defeito era dizer que tinha uma saúde ferro, nós não percebemos a hora em que ela precisava de se cuidar, em vez de cuidar de todos.
Mas essa não é uma mensagem triste. Sempre tive saudades dela e sempre terei. Mas ela me ensinava muito com as frases que me disse nos anos em que estivemos juntas. Outro dia eu percebi que ela me ensina até hoje com os silêncios que fez. Em certos conflitos, em que a dscussão não levaria a nada, exceto a cada lado fazer seu ponto e ferir o outro, ela fazia silêncio. Eram silêncios sábios, jamais ressentidos. Nos seus olhos de um belo azul claro eu via que ela teria muito a dizer, se quisesse, mas escolhia o silêncio. Ouço agora até os silêncios de minha mãe.
Eu gostaria de apresentá-la pra todo mundo que frequenta esse espaço. Ela nasceu no Espírito Santo, foi criada numa fazenda em Minas. Desde os oito anos, conseguia ter renda. Plantava verduras e vendia. Vendia bananas. Criava galinhas. Enquanto isso estudava. Era de uma família imensa, em que a pessoa mais forte era minha avó Norvinda, mais conhecida como Sinhá, que apesar de dona da fazenda, trabalhava junto aos trabalhadores. Quando meu tio Pedro, tenente do Exército, foi para a guerra, a família estava passando por um momento de penúria financeira. Ela, mal saída da adolescência, tinha dinheiro guardado suficiente para pagar a viagem dela e de minha avó para irem se despedir do meu tio. Ele morreu antes de embarcar. O caminhão do Exército no qual iria até o navio virou e ele morreu. Ela jamais o esqueceu. Me lembro que um dia muitos anos depois da morte, eu a vi chorando por ele e perguntei por que ela ainda chorava se ele tinha morrido há tantos anos, antes até de ela se casar. Ele me ensinou que certas pessoas são inesquecíveis. A foto dele, de uniforme, lindo, sempre esteve na parede da casa.
Ela se casou jovem antes de fazer o segundo grau. Incentivada pelo meu pai, que era educador e valorizava a educação, porque foi através dos estudos que ele deixou de ser um menino miserável em Pernambuco, ela voltou a estudar. Sou a sexta dos seus 12 filhos. Eu a vi estudando junto com minhas irmãs mais velhas. Fez o curso normal e o curso de pedagogia. Para fazer a faculdade, ela tinha que viajar  254 quilometros semanalmente na ida, e outro tanto na volta. O curso concentrava as aulas na sexta e sábado.
Não me perguntem como ela conseguia fazer tudo: cuidar de 12 filhos, estudar, trabalhar como professora primária, arrumar todas as nossas gavetas, fazer hortas no nosso quintal. Além disso plantava flores para enfeitar o jardim. Também não me perguntem sempre, mas estava sempre bonita, unhas feitas, só saia de casa bem elegante. Era cheirosa como uma flor. Passava ainda horas na máquina de costura Singer consertando as roupas dos filhos para que elas durarem mais. Pregava os botões, fazia bainhas, cerzia o que tivesse rasgado, adaptava as roupas para os menores. Separava o lixo. Reciclava o que podia, numa época em que ninguém tinha consciência de como é importante a reciclagem. Minha mãe conhecia os segredos do tempo. Dizia: vai chover, vai fazer sol. Era batata. Nunca a vi errar na meteorologia.
Acordava de madrugada, dormia tarde. Gostava de cantar baixinho hinos da igreja enquanto trabalhava. Lavava e passava como ninguém e arrumava gavetas de um jeito que até hoje não descobri o segredo.  Meu pai era pastor presbiteriano além de professor. A voz dela se sobressaia quando cantava na igreja, onde ela sempre se sentava com os muitos filhos nos primeiros bancos. Era intensa, forte como rocha, nunca se queixava de nada, nunca reclamou de ter tantos filhos. Pelo contrário, quando estava grávida da décima segunda filha, no tempo em que só se sabia o sexo depois do nascimento, ela afirmava com segurança.
-Será uma menina e vai ser pianista.
Simone é pianista clássica. Tocará na Sala São Paulo no dia 25 de maio. Ela morreria de orgulho se visse.
Mesmo sendo forte era doce, muito doce. De carinhos discretos, nunca excessivos. Às vezes eu penso que ela gostaria de saber da minha vida hoje, mas como a confiança dela em mim era inabalável, ela sempre me dizia que eu teria êxito em tudo o que fizesse, fico achando que de certa forma ela já sabia da minha trajetória. Esse respaldo até hoje me protege nos tempos de insegurança.
O que eu gostaria de dizer aos que já perderam suas mães, que entendo essa dor, mas ao mesmo tempo é maravilhoso ter tido uma grande mãe. Eu tenho muita sorte, porque tive um pai maravilhoso também. Quem ainda tem mãe, hoje é o dia daquele abraço forte, ou da declaração sincera. Feliz Dia das Mães. Hoje curtirei meus filhos e netos e comemorarei a sorte de ser filha da Dona Mariana: sábia, doce, forte e intensa.

domingo, 31 de julho de 2011

Clarice Lispector!

Sou tarado pela poesia de Clarice Lispector. Não me recordo o momento preciso no qual a descobri, mas Clarice me ajudou ao longo dos anos a ter uma compreensão diferente, mais plural, sobre a vida. Clarice, Florbela Espanca e Vinícius (de Moraes) tão no topo da minha lista de poetas. Clarice era intrigante na sua forma de ser. Sua poesia beirava a linha da magnitude. A obra riquíssima não se apagará jamais.
Ucraniana, naturalizada Brasileira, nasceu em Dezembro de 1920. Viveu pouco em seu país de origem. Em Março de 1922, chegou no Brasil, tendo como desembarque a cidade de Maceió. Passou por Recife e viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro. Faleceu com 56 anos, 1 dia antes de completar 57, e se consolidou como grande escritora.
Para homenagear esse expoente de nossa Literatura, apresento uma homenagem de um outro ídolo meu, Cazuza - poeta musical inconteste - que musicou uma letra de Clarice. Na voz de Cássia Eller, "Que o Deus venha":


sábado, 30 de julho de 2011

Valeu Filhão!

Não consegui escrever uma crônica sobre o meu filho em seu aniversário. Foi no último dia 28. Pela correria e por ter escrito no dia a crônica sobre o jogo espetacular entre Santos e Flamengo, postei somente um vídeo no Orkut dele. Não que a importância dele na minha vida seja menor do que qualquer outra coisa. Pelo contrário. É maior que tudo neste mundo.
Thiago veio a este mundo me trazer a salvação! Depois que ele chegou o mundo passou a ter uma cor, um brilho, um significado real. É um ser iluminado! Apesar de só ter completado o seu 9° aniversário, destaco que tenho aprendido bastante com ele. Tem uma percepção aguçada, uma verve altruísta que me emociona a cada dia. Me preocupo eminentemente em manter uma relação limpa, pura, de amizade com ele. Somos grandes companheiros! E pela estrada seguiremos assim.
Amor. Amor é a palavra, o sentimento, que que nos liga. Estamos conectados pelo maior dos sentimentos... que benção! Peço ao Criador que conceda todas as condições para que o Thiago trilhe o caminho do Bem e que venha a ser um grande ser humano. Que obtenha êxito profissional, sentimental, psicológico, intelectual e, fundamentalmente, espiritual. Que possamos aprender muito, um com o outro, e que seus dias sejam seriados muitíssimo duradouros e cheios de luz e paz. Nossa onda de amor não há quem corte. Nosso sentimento é imortal. Obrigado por tudo... quero sempre você, meu anjo!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Um homem chamado Orlando!

A despedida é triste e deixa lembranças em evidência. Difícil aceitá-la! Dos tipos de despedida, a que mais dói e maltrata é aquela que aponta para o caminho do desconhecido. Quero me referir ao descontinuar de nossas vidas aqui nesse mundo, chamada, morte. Talvez a morte seja o findar de tudo. Talvez, a passagem para outro lugar. Ou, ainda pode ser o sentido maior da vida. Que contraditório, né? Morte e vida; vida e morte. Pelas minhas análises, impressões e compreensões penso ser a morte algo extremamente natural e fruto da Inteligência Primária, originária de tudo que há. É motivo para a reestruturação, reorganização, reparação, observação profícua das ações desencadeadas pelo Homem nesse plano, efetivamente de provas e expiações. Estamos aqui para realizar, para pôr à prova tudo o que nos foi confiado. Não tem jeito... não estamos aqui a toa!!!! 
Num outro tópico, numa outra crônica falaremos mais profundamente sobre o tema. Quero hoje, reverenciar a um ser que nos deixou há exatamente 1 ano. Deixou esse mundo somente, pois acredito que como todos os outros seres, continua a trilhar um outro caminho, num outro plano de vida. Orlando, o meu sogro, foi um cara muito representativo em minha vida. Me ajudou em vários momentos e sempre pareceu gostar de mim e respeitar o meu jeito de ser. Falava um monte de bobagens, mas eu sabia que sua essência era, sobremaneiramente, boa. Ao longo da vida, ajudou a muitas pessoas. Figura de um coração compromissado com o bem estar do outro. Tinha defeitos, como todo mundo os tem, mas o seu lado virtuoso se sobrepunha. 
O Orlando carregava um problema de vias urinárias desde a sua infância. Sofreu bastante com isso. Já numa fase avançada de sua vida descobriu a Diabetes e passou a ter como companheira, a hipertensão. Por ser um profundo admirador da gastronomia e por sua avidez em se satisfazer pelo prazer do paladar, lavava uma vida sem muitos cuidados. Adorava churrasco! E era avesso à atividade física. Se aposentou na casa dos 50 anos, depois de uma vida devotada ao Exército Brasileiro, sua grande paixão.Ah! não posso esquecer de citar uma outra faceta que ele adorava desempenhar. Era a prática de comprar carros. Comprava carros velhos, consertava-os totalmente e os vendia em seguida acumulando assim só prejuízo. Não adiantava tentar persuadi-lo de que não valia a pena essa prática, ele se sentia seduzido por ela e mesmo no final da vida, quando teve condições de comprar carro novo, zero quilômetro, não se livrou do hábito. 
Depois de ter morado no Rio e em Brasília, em 2005 escolheu Natal para residir. No ano de 2010, me convenceu a largar o Rio e se estabelecer em Natal como Comerciante. Assim aconteceu. Larguei tudo no Rio. Pensamos então, eu e minha esposa, em uma franquia. Ele falava que essa coisa de franquia era furada e nos aconselhava a produzir nossos próprios produtos. Talvez tivesse razão. Acompanhou todo o processo de implantação da loja e, infelizmente e dolorosamente, não teve a oportunidade de presenciar a inauguração. Não presenciou em matéria, em corpo físico, mas em espírito esteve presente sim. Faleceu no dia 29 de Julho de 2010. Após entrada no hospital para retirada de um rim em razão de um tumor benigno, teve durante a cirurgia desencadeada uma lesão na parede do estômago - não perceptível no transcurso do procedimento - que lhe trouxe complicações. Após ficar em coma por um dia o seu coração, tão admirável, parou de funcionar e a passagem assim se fez.
Segue caminhando agora, do lado de lá. Agradeço de todo coração por tudo que nos propiciou. Minha gratidão permanente! Tenho a certeza de que está sendo tratado e em algum momento nos reencontraremos. "Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada." Com este pensamento de Fernando Pessoa emano a minha vibração carinhosa ao meu amigo, Orlando.


Mais um singelo pensamento:

Somos como as folhas de uma grande árvore. Quando o vento passa, nos leva para onde a força da vida indicar.

Todos são espíritos.

Todos são imortais.

Nós não temos cor, não temos raça nem bandeira que limite a nossa ação.
Às vezes é preciso que o vento nos leve até determinado lugar para aí desempenharmos uma tarefa. A gente se esconde num corpo quente, num coração amoroso e então renasce vestido de carne, com roupa branca ou preta, ou amarela; bonita ou feia. Quando chega a hora e o vento sopra novamente, partimos, deixamos a roupa usada e rumamos para onde a vida nos conduziu, para viver outra experiência.

Por isso é que devemos nos desapegar das coisas do mundo, mesmo daquelas que são boas. Estamos de passagem. Somos todos peregrinos, romeiros da vida.

Em nossa viagem pelo mundo só possuímos, na verdade, aquilo que doamos, que oferecemos à vida: o amor, as virtudes, o bom caráter. As outras coisas são muletas que usamos para ajudar na caminhada; assim que aprendermos a andar direito, com a cabeça erguida diante da vida, deixaremos tudo de lado para partir rumo a novo aprendizado. Ficará para trás tudo aquilo que nos prende ao chão, à retaguarda.

É preciso se desapegar do mundo. Usar as coisas que estão no mundo sem se submeter a elas. Essa, a verdadeira essência da sabedoria.

Somos todos imortais, espíritos, filhos da vida, de Deus. Coisas passageiras não fazem parte do que é eterno, e o que é eterno não pode ficar preso àquilo que é passageiro.

Pense nisso meu filho.

Do livro: Sabedoria de Preto Velho
Pelo Espírito: Pai João de Aruanda
Autor: Robson Pinheiro




quinta-feira, 28 de julho de 2011

Que Jogão!!!!

Que partida de futebol emocionante ontem. Santos X Flamengo nos brindaram com uma dose extasiante de emoção, adrenalina, pulsação cardíaca. O melhor jogo desse campeonato, sem dúvida. Já previa uma grande partida, mas não na intensidade que foi. Vila Belmiro lotada. Torcida do Flamengo como sempre marcando presença destacada. Ganso e Neymar de um lado, do outro, TN7 e R10. Nos bancos, 9 títulos brasileiros, 5 com Luxemburgo e 4 com Muricy. E o espetáculo assim ocorreu. Único fato triste a se destacar foi a atitude repreensível de alguns torcedores do Santos pondo em prática o nefasto ato do racismo. Xingaram o Diego Maurício que fazia o aquecimento num local bem em frente aos camarotes. Ah! outro fato triste foi a atuação do árbitro, que errou para os dois lados. Nem lembro o nome do referido cidadão!
O Santos começou mandando no jogo. Logo no início, quatro minutos, 1X0 Santos. Borges, após passe de Elano e falha de Welinton, que estava marcando a bola, balançou a rede. Aos dez, numa bela jogada de Ronaldinho, que driblou dois adversários e bateu colocado de perna esquerda, quase que o Fla empata. Rafael fez boa defesa. Em seguida, Borges marcou o segundo. Após belo passe de Ganso para Neymar que chutou para o rebote do Felipe e o mesmo Neymar, dando uma meia bicicleta, deixou o camisa 9 da vila na cara do gol e ele não vacilou. O relógio assinalava quinze minutos. Destacar que no lance - na minha opinião Welinton falhou de novo e Renato Abreu, também, principalmente, que atravessou uma bola errada.Troco do Flamengo, aos vinte minutos. Deivid perde gol feito, após belo cruzamento do garoto competente, Luis Antônio. Vinte e cinco minutos e Neymar marca o terceiro. Golaço!!!!! Parte do lado esquerdo do campo fazendo fila. Tabela com Borges, dá um come monstruoso no Angelim e quase travado pelo Júnior César põe a bola na rede.
O jogo parecia fácil pro clube praiano santista. Até pensei numa goleada antológica. E eis que aos 28, Ronaldinho completa para o gol mais um belo cruzamento do Luis Antônio. 3X1, e um fio de esperança se acende para o os rubro negros. Três minutos depois, Thiago Neves marca de cabeça, aproveitando cruzamento do Léo Moura. Loucura, loucura... jogo eletrizante! Trinta e seis minutos. Passe magistral de calcanhar do Ronaldinho para Thiago Neves que chuta para defesa do Rafael. Aos trinta e nove, impedimento mal marcado pelo bandeirinha. Luis Antônio recebe em condição legal, tinha tudo pra marcar, mas escuto o apito indicando o impedimento. Santos tem a chance de ampliar a diferença aos quarenta e dois. Penalti de Willians em Neymar. Elano bate com cavadinha, Felipe faz a defesa e, provocando Elano, faz algumas embaixadinhas. Um minuto depois o Rubro Negro empata. Deivid, de cabeça, completa o escanteio batido pelo Ronaldinho. E assim, termina o 1° tempo.
Etapa complementar. Perspectiva de mais emoção. Repetição do 1° tempo. Logo no início o time da vila desempata. Neymar passa como quer pelo David Braz - que substituiu Welinton - e chuta sem chance de defesa para Felipe. Neymar ainda dá trabalho. Aos onze, recebe passe de Borges e chuta para boa defesa do goleiro do Fla. A partida segue com boas trocas de passes e jogadas inteligentes. Vinte e dois minutos. Ronaldinho faz bela jogada na entrada da área. Dribla três, num curto espaço de campo, e sofre falta. Ele próprio bate a falta. Usando de malandragem, efetua o chute colocado, por baixo dos jogadores que compunham a barreira e que pularam pra tentar dificultar a cobrança. Bola balançando a rede de novo. Fla iguala o placar. Trinta e um e trinta e dois minutos. Neymar por duas vezes leva perigo em finalizações que passam perto da trave. Aos trinta e seis, de novo Ronaldinho marca e põe o Flamengo na frente do placar -mais uma vez, troca de passes entre Thiago Neves e Ronaldinho. São decorridos trinta e nove minutos e Thiago Neves dá um drible lindo no Durval, dentro da área, e finaliza pra fora. Quase, quase mais um pro time da Gávea. Esse foi o último lance de possibilidade real de gol. Fim de partida e das fortes emoções!
Vou guardar esse jogão com muito carinho em minha memória. Percebo que o Flamengo caminha com uma postura que lhe permite brigar pelo título, juntamente com Santos, São Paulo, Corinthians, Inter, Cruzeiro e, de repente, o Vasco. Percebo também que Thiago Neves e Ronaldinho começam efetivamente a desequilibrar nas partidas. Vislumbro um futuro bem promissor pro garoto Luis Antônio. Que personalidade e talento... Airton vai esquentar banco! E constato o problema maior da equipe, o sistema defensivo - o único que tem se salvado é o Júnior César. Alex Silva vem aí e certamente vai corrigir os problemas da zaga. Flamengo forte e me deixando alegre, vibrante,  nas nuvens. Esse foi o enredo de Santos X Flamengo, na Vila Belmiro, 27 de Julho de 2011. Jogo épico que fica na história!!!!



quarta-feira, 27 de julho de 2011

A bela do Alentejo!

Adoro poesia! A poesia me encanta, me arrebata, me aproxima de Deus. Queria escrever coisas belas e reconhecidas que me rendesse o título de um grande poeta. Não deu. Mas basta lê-las para me realizar! Mesmo sabendo de minhas limitações em exercer o ofício da escrita da poesia sempre me pego tentando rabiscar num pedaço de papel o meu pensamento. Na tentativa vã de criar uma poesia qualificativa, sigo adiante e me debruço sobre a obra de meus heróis. Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Augusto dos Anjos, Paulo Leminski. Dentre as poetisas, sou fã incondicional de Clarice Lispector e de uma portuguesa que teve sempre a tristeza por perto e soube transportar  pra sua poesia a beleza e a delicadeza dos sentimentos. Florbela Espanca, este é o seu nome.
Florbela Espanca - a bela do Alentejo - teve uma vida muito conturbada. Vários casamentos, conflitos familiares e fragilidade emocional permanente, caracterizaram a sua vida. Na sua obra tratou de derramar, lindamente, suas angústias, anseios e questionamentos. Me sinto fora do chão quando leio os versos da bela do Alentejo. Sua poesia tem uma profundidade, um sei lá o quê de doçura e uma poção generosa daquele que é o maior dos sentimentos, o amor.  Não falava somente do amor que dá certo. Falava também do amor atingido pela tristeza inerente aos seus desdobramentos corriqueiros: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. Viveu somente 36 anos deixando uma obra de maravilhosa pujança. Foi precursora do movimento feminista em Portugal. Tem um poema dela pelo qual eu sou fascinado. Mesmo questionando uma parte dele, me deleito e me ponho a pensar na pluralidade do mundo. Chama-se "AMAR". Ofereça a vocês esse belo poema e desejo altivez e a capacidade de amar.

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui…além…
Mais este e aquele, o outro e toda a gente….
Amar!Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…


terça-feira, 26 de julho de 2011

Vovó!

Hoje é o dia da avó. Uma enorme felicitação a todas elas pela data de hoje! As avós, geralmente, são fadas companheiras presente deliberadamente no processo de crescimento dos pequenos seres e devotadas em satisfazer todas as vontades desses pequenos seres chamados netos. São flores desgastadas fisicamente mas abundantemente produtivas no emanar de carinho e compreensão. As avós são a sustentação do elo afetivo familiar. Pensem naqueles casos em que os pais levam uma vida egoísta, preocupados somente em atingir conquistas próprias, trabalhando desmedidamente tendo somente como propósito a obtenção de status social e financeiro. Ou mesmo, quando os pais envolvidos em vícios mundanos se "perdem" de seus filhos e seguem pela vida trilhando um caminho torto e vão se desprendendo do vínculo, da entrega a um outro ser, que tanto precisa de atenção e de amabilidades. Ah! se não fossem as avós...
A avó se supera em ser o elemento de extensividade do amor. Ela preenche aqueles espaços vazios surgidos da ausência considerável dos pais que são vitimados pela cobrança cada vez mais absurda do mercado de trabalho. Que lembranças da infância não se manifestam carregadas de referências a avó? Muitos aprenderam, e aprendem, mais com a avó do que com os próprios pais. Da sublimidade dos atos emanados por esses seres, que são mães duas vezes, se faz presente o amor. Aquele amor...
Não cheguei a conhecer as minhas avós. Penso que teria siso bem mais feliz se tivesse tido a oportunidade de conviver com elas. As circunstâncias de vida não me permitiram esse contato, mas direciono às minhas avós o meu sentimento mais puro e peço a Deus que derrame bênçãos sobre elas. Não só sobre a minha, como também às avós de todo e qualquer ser.
E só pra destacar com toda ênfase a figura e a importância que uma avó pode ter, deixo vocês com esse registro, tendo como fonte o site G1 da globo: Ser cremada em Golders Green foi um pedido de Amy Winehouse. As cinzas da cantora foram colocadas ao lado das de sua avó, Cynthia, cantora de jazz e grande influência musical para a neta.





segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Noruega chora!

A Noruega está em luto. Um dos países mais tranquilos do mundo, com índice de violência baixíssimo, sentiu de perto o peso e a traumaticidade de uma ação pluralizante de violência. Ação violenta que ocorreu em dois pontos do país e levou ao óbito cerca de 93 pessoas. Lembrar que este é o número oficial até hoje. No entanto, tem muita gente desaparecida ainda. Uma explosão em Oslo, a capital, e uma ação fria desferida com potente arma de fogo na ilha de Utoeya - a sede do governo Norueguês e um acampamento de verão no qual se reuniam integrantes do Partido Trabalhista, respectivamente - foram o meio pelo qual o terror se instalou, trazendo dor, sofrimento, e perplexidade ao povo Norueguês.
Um maluco, Anders Behring Breivik, envolvido por convicções políticas doentias, começou a planejar o atentado em 2009 e efetivou o plano na última Sexta-feira, 22 de Julho. Possuído por uma aversão aos muçulmanos e ao marxismo, esse ex integrante do Partido Progressista afirmou que o ataque era necessário. Se vangloria por saber que será lembrado como o maior monstro desde a segunda guerra e demonstra não sentir remorso. A crueldade foi de tal natureza que esse verme da sociedade utilizou uma munição conhecida popularmente como balas "Dum dum". Já tive aulas sobre o poder dessa munição e sei do estrago que ela causa. Grosseiramente falando, é como se ela "explodisse" dentro de um indivíduo. Vestido de policial o verme adentrou no Parque e ceifou dezenas de vida embevecido de um instinto macabro.
A ação desse fundamentalista cristão de direita, hostil ao islamismo, pode ser vista como um caso raro na Noruega, porém no mundo inteiro essas ações envolvendo explosões de carros-bomba e ataques armado a locais de aglomeração de pessoas se espalham com uma intensidade absurda. O extremismo, o fundamentalismo, a crença doentia de que só existe um lado, uma vertente detentora do que é certo, verdadeiro e unicamente aceitável, é muito preocupante. Muito mesmo!
No paralelismo da ação na Noruega devemos pensar na nossa realidade e observar que ações carregadas de perversidade nos acompanham. Cuidado com as pessoas que estão a sua volta. Tem gente doente e psicopata aos montes por aí. É sério! O pior é que os psicopatas são geralmente pessoas comuns que não deixam quase nenhum rastro de insanidade. Isso até que o ato se consuma, é claro! É uma triste realidade dos dias que nos envolvem. O que existem de casos de assassinatos de mulheres, de idosos, de crianças, por futilidades absurdas, e com requintes inimagináveis de crueldade é algo bem comum no nosso cotidiano.  Essas ações desequilibradas denotam também graves anomalias psicológicas. Assim como nas ações envolvendo carros-bomba, homens-bomba, e ataques a uma coletividade com arma de fogo, trazem uma amostra de quão atroz pode ser o comportamento humano.
O meu sentimento de profundo pesar pelas pessoas que morreram. Que os familiares das vítimas encontrem a força necessária e que esse monstro receba o lhe é devido.





domingo, 24 de julho de 2011

Adeus Emy!

Fui pego de surpresa ontem com a notícia da morte de Amy Winehouse. Surpresa, nem seria a palavra certa, porque pelas notícias que recebíamos sobre o consumo cada vez mais desmedido e elevado de drogas eu imaginava um final trágico para essa pérola da música internacional. As informações sobre o motivo do óbito ainda não vieram a tona. Segundo a imprensa britânica, hoje, domingo 24 de Julho, será realizada a necrópsia e aí sim, poderão atestar a causa mortis.
Amy Winehouse, nascida no subúrbio britânico e filha de Judeus enfrentou problemas de relacionamento familiar. Essa informação carece de fontes seguras! Dizem que o pai abusava de sua mãe e se isso aconteceu, certamente nisso, venha a residir a motivação para uma parcela da deformação psicológica na figura de Amy. Não adianta. Quem passa na infância, pré-adolescência, por situações de falta de afeto, amor, tem grandes chances de levar pra vida inteiras sequelas. Começou na música aos dez anos de idade e aos dezesseis já cantava profissionalmente. O seu primeiro álbum FRANK, lançado em 2003, já lhe rendera um destaque acentuado.  Pra mim, o melhor trabalho. Ao ouvir uma das músicas do álbum - não me recordo o nome - fui tomado por um êxtase incrível ao ser apresentado aquela voz magnífica e dilacerante. O segundo álbum BACK TO BLACK, 2006, que lhe rendeu seis indicações ao Grammy e cinco conquistas, lhe trouxe um reconhecimento muito maior. O terceiro álbum estava sendo costurado desde 2008 e em decorrência do massacre ao qual Emy submetia ao seu organismo pelo uso absurdo de drogas, esse álbum até hoje não foi totalmente concluído.
Amy em entrevistas havia confirmado que o seu ex marido Blake Fielder-Civil foi a pessoa que lhe iniciou no uso de drogas pesadas como heroína, cocaína e crack. Foi uma péssima influência para Emy e, infelizmente, por Blake ela parecia ser totalmente apaixonada. Após a separação, ostensivamente a sua situação piorou. Cada vez mais escândalos pipocaram e a imagem de Amy, física, profissional e psicológica foi se deteriorando. Quedas no palco, esquecimento das letras das músicas, xingamentos, foram essas algumas das polêmicas nas quais se envolveu. A última turnê da artista havia sido cancelada, no mês passado, em virtude de ter sido vaiada na Sérvia. 
Esteve no Brasil no início do ano e realizou shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Recife. Ontem escutei a entrevista da gerente de produção de seu show aqui no Brasil que relatou que Emy não criou nenhum problema. Que havia parado com as drogas proibidas, se afogando de forma muito mais intensa somente no álcool. Disse também que Emy na intimidade parecia uma criança e que no show em São Paulo - no qual ocorreu um atraso - Emy estaria retardando a entrada no palco porque estava com medo do público tão grandioso.
O que fica de tudo isso é a certeza de que nossos artistas estão sendo soterrados pela maldição das drogas. Se enraizam no hábito deteriorante, talvez, por não estarem preparados psicologicamente para o sucesso. Acham que só assim conseguirão sustentar a fama. E são convencidos, erroneamente, que para serem verdadeiros ícones mundiais precisam passar uma imagem de malditos, excêntricos e admiradores das drogas. Até os próprios fãs são culpados por cultuarem e acreditarem que o uso de drogas por parte do artista confere aos astros uma aura mais bacana.
Que coisa lamentável nos depararmos com a informação de que grandes nomes da música morreram, assim como Amy, aos 27 anos. Ou seja, no início de uma vida. Todos vitimados pelo uso exagerado e ininterrupto das drogas. Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, grandes artistas!. Emy tentou por algumas vezes fazer tratamento para deixar o consumo de drogas. Fraquejou! Já envolvida de corpo e alma pela glamourização da drogas não teve forças para vencer essa batalha. Que Amy, esta formidável cantora, compositora, detentora de uma voz delirantemente bela, encontre o que não conseguiu encontrar nesta vida, a felicidade. Fica a obra emoldurada pelo Jazz, Soul, R&B que continuarão a nos embalar e a ecoar por esse mundo tão estranho.



sábado, 23 de julho de 2011

Consumindo e se esvaziando!

Tenho ojeriza, aversão, descontentamento, repúdio, piedade, melhor dizendo, das pessoas assoladas pelo impulso do consumismo desenfreado, bestializado e irracional. Difícil aceitar que uma pessoa se "alimente", se preencha do ato contínuo e nocivo de comprar por comprar. Alguns acharão que estou fazendo alarde sobre uma necessidade comum ao ser humano. Não penso assim. Atos impulsivos, viciosos e coisa e tal são combatidos por mim o tempo todo. Tudo em excesso faz mal. Alguns vêem a questão da compra compulsiva como normal. Ué, desde que se tenha dinheiro não vejo nenhum mal em comprar cada vez mais e mais, dirão alguns. Peraí! Mesmo que se tenha muito dinheiro penso que comprar por comprar. Comprar pra se satisfazer, pra se realizar, é totalmente desconexo. Normal é você comprar o que é extremamente necessário pra você. Comprar porque se precisa realmente de algo. O comprar desnecessário e compulsivo traduz uma disformidade psicológica de cada ser.
Tenho uma amiga que precisa sair de casa todo dia. Até aí, nenhum problema. O problema reside no fato dela sair de casa e ir, conforme ela atesta arrastada por uma força invisível, a um shopping, ou mesmo uma loja de rua, efetivar uma compra. Precisa comprar... comprar qualquer coisa que seja. Chega a comprar, muitas vezes, coisas que nem usa. Nos dias em que não é possível comprar nada - não é tão abastarda assim e o din din acaba em um dado momento e o cartão de crédito também chega ao seu limite - fica quase sempre de mau humor. Já tentei ajudá-la mas fracassei. Ela fala que o impulso é incontrolável. Precisa de ajuda e peço a Deus que ela encontre. Pra você ter uma ideia, ela catalogou a quantidade de sapatos que possuía e eu fiquei embasbacado. 142 pares de sapatos!!!!!!!!!! Triste a realidade dessa querida amiga que padece de tratamento!
Nunca, nunca mesmo, tive essa tara. Sempre caguei pro consumismo. Os meus sonhos não envolvem coisas materiais. Estão envolvidos em aspirações de desenvolvimento pessoal, espiritual, que me permitam contribuir, um pouquinho que seja, com um mundo melhor, onde as aquisições motivo de desejo da maioria seja a capacidade de fazer o bem ao próximo!


sexta-feira, 22 de julho de 2011

E viva Maria Madalena!

Como a história é falha. Os fatos que a compõem podem ter várias interpretações. Tudo é entendido a partir de uma ótica própria de cada ser. Devemos acreditar então piamente na história que nos é empurrada goela abaixo nas, deterioradas, metodologicamente, salas de aula? Penso que não. Geralmente a história que se consagra é cercada de interesses, tem escabrosidades, segundas, terceiras, intenções. Sempre questionei muito a verdade absoluta e nunca me contentei com as histórias que eram me contadas. Sempre procurava um outro viés e embarcava em conjecturas variadas. Sou discordante da história formal e ponto final!
Nesse 22 de Julho, enfoco a figura de uma mulher detentora de uma história rica. Muito mais rica se analisarmos as entrelinhas e a história não oficial dela. Maria Madalena. Aquela das história bíblicas! A sua vida recheada de controvérsias e mistérios dá pano pra manga e cabe nela várias possibilidades. Não me atrevo a defender nenhuma teoria mais excêntrica sobre ela, porém, reconheço nela uma figura mítica, emblemática e  motivo de muita curiosidade pra mim. Vejam como é intrigante, brumática, e mutável as observações e impressões que extraíram ao longo do tempo sobre a vida dela.
_ Primeiro foi vista e proclamada como mulher de vida fácil. Já se começa aí a se escorregar na apropriação de um adjetivo - que pode variar segundo o ponto de vista de cada um - que não revelam a essência do ser. e que dentro de uma temporalidade pode servir, já em outra, não. Mulher de vida fácil... é vago. Mesmo na contemporaneidade que nos envolve, fugindo da estigmatização da palavra, podemos interpretar de várias formas. Fugir da estigmatização, do senso comum da palavra essa é a chave. Penso que pode ser uma mulher nascida em berço de ouro; uma mulher que foi brindada com a conquista, ou se apropriou, de fatias financeiras vultosas; pode ser uma mulher extremamente feliz e realizada, enfim, interpretações diversas podem ser aferidas.
_ Tendo sido atingida por essa adjetivação, as pessoas da época trataram de especificar mais ainda a sua característica e lhe impuseram a outorga de prostituta. Se foi, ou não... não sei! Mas se registrou essa consagração.
_ Depois,  prestes a ser apedrejada e de ter sido salva pelas palavras do Messias que proferiu "atire a primeira pedra quem não tiver pecado nenhum", Maria Madalena teria decidido seguir o Cristo e se tornar  sua discípula.
_ Esteve ao lado de Maria, mãe de Jesus, na via crúcis e aos pés da cruz sofrendo por acompanhar todo o sofrimento do mestre.
_ Foi para Madalena que Jesus apareceu logo após a sua ressurreição. Aparição em espírito pra mim!
_ Maria Madalena aparece em muitas passagens do Novo Testamento
Esses fragmentos da vivência de Maria Madalena são extraídos de uma análise bíblica. Mas os livros bíblicos não teriam mais sentido se tivessem sido acrescidos na bíblia os apócrifos? Por que o Clero os excluiu????? Aí depois de milênios - não sei por que raios d'água - a Igreja reconheceu e assumiu ser Maria Madalena, a prostituta de outrora, santa. Tomara que essa decisão não tenha tido conotações políticas e de interesses. Tomara que uma luz divina tenha tomado conta das mentes daqueles que compunham a cúpula eclesiástica da época e assim como ocorreu com Joana D'arc a santificação seja um ato humilde de reconhecimento de atitudes errantes cometidas pelos cânones Católicos.
Tentando erguer o véu que distorce a compreensão, me pego cercado de indagações que põem em tona a possibilidade de muitas outras coisas terem acontecido. Por que Maria Madalena se tornou uma das discípulas mais fiéis e muito querida por Jesus? Por que está presente em momentos tão cruciais da vida do mestre? Por qual motivo teria sido - mesmo com todos os pecados - consagrada santa? Alguns teólogos e pesquisadores levantam teorias de que Madalena pode ter sido, inclusive, esposa, companheira, de Jesus. Existem escritos apócrifos - significa oculto, não revelado - que citam uma intimidade entre Jesus e Maria Madalena que pela proximidade costumavam até mesmo se beijar. Para alguns, até mesmo filho(s) Jesus havia tido com Madalena. Existe ainda o livro apócrifo Chamado "O Evangelho de Maria Madalena" no qual se relata que para Jesus ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André.
O que fica disso tudo é o seguinte: A História nunca pode ser contada de forma 100% verdadeira. O que se acha ser uma coisa pode ser outra. A verdade é extremamente relativizadora. De interesses se constrói uma verdade e dentro da minha verdade, descompromissada com o formal, louca, sedenta do emanar da inteligência cósmica, repousa a minha certeza de que Maria Madalena carrega uma importância de fato significativa, bem maior do que conhecemos, na história do Cristianismo. 
Amo a você, Maria Madalena!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cala a boca Galvão!!!!

Meus caros, o meu beijo e o meu abraço!
Estava pensando sobre qual o assunto que abordaria hoje. Busquei uma data comemorativa e... nada. Aí fui pros aniversariantes do dia e descobri que nada mais, nada menos, do que um dos maiores chatólogos de plantão aniversaria hoje. Sabe quem é ele??? Sabe, sabe??? Uma dica: trabalha na Globo; outra: não é galã; é alvo das mais diversas piadas; tem rodagem; fala demais... Já sabe quem é? É ele, Galvão Bueno!!!!!!!!!
Sei que muita gente, muita mesmo, detesta o pai do Popó e do Cacá. Eu também não suporto quando ele começa a torcer descaradamente e também quando se mete a fazer comentários. É um porre e uma ressaca de vinho aturar o Galvão! Mas esse falastrão compulsivo participou de grandes momentos do esporte brasileiro e confesso que a sua paixão em alguns momentos me emocionou. Como esquecer as narrações da Fórmula 1? E o Ayrton Senna do Brasil? E o "É tetra, é tetra" de 94? Rapaz, a imagem vazou e o Brasil inteiro viu o Galvão atracado ao Pelé, pulando, e botando pra fora uma angústia de 24 anos. E narrando as conquistas do Flamengo na ERA ZICO??? Desculpem, mais não dá pra esquecer!!!!
Ele é uma mala sem alça. É, sim. Mas tem sua cota de competência... devemos entender que ele é 24 horas paixão e por isso tanta intensidade em suas ações. Não fica entre os 3 narradores de TV, que mais gosto, Milton Leite, Luis Carlos Jr e Luis Roberto, mas é inquestionável que ele embalou grandes momentos de minha vida, de sua vida, quando o assunto é Esporte.
Ao final da Copa de 2010, emocionadíssimo, decretou que aquela estava sendo a sua última transmissão de uma partida de Copa do mundo fora do Brasil. Entendo então que após a Copa de 2014 ele deverá se aposentar. Graças a Deus!!! Alguns falarão que ele já vai tarde... mas sentiremos falta de suas comicidades e de não termos mais esse chatólogo, de destacado talento, para criticarmos e aludirmos em paródias. Aí alguns irão dizer: ele só fez sucesso por que trabalhou a maior parte de sua vida na Globo. Não penso assim! Se tivesse ficado a maior parte do tempo em outra emissora, teria sim, tido a sua competência reconhecida. Ele é o chato mais chato do Brasil, quase sempre fala merda, mas inquestionavelmente grande profissional. Parabéns Galvão por mais um ano de vida. Que eu possa ainda ouvi-lo bastante - 3 anos tá bom, né - narrando, depois do "R" dobrado de Ronaldo Fenômeno, Rivaldo, Raí, o o "R" dobrado de RRRRRRRRRRRRRRonaldinho Gaúcho.
É nós!!!!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo...hoje é seu dia!!!!

Houve um tempo de alegria. Houve um tempo de tristeza compartilhada. O tempo se encarregou de cruzar nossos caminhos. Formatou e consolidou nossa relação. Confinado em minhas lembranças me deparo com imagens de momentos que não saem da mente. Traçando estratégias, trocando nossas impressões de mundo, sonhando os sonhos mais altivos, libertando nossas inquietações, balbuciando nossas intempéries, recompondo as nossas essências, foram esses instantes que ficaram pra sempre.
Da antipatia de outrora nasceu uma sintonia, pensada impossível num primeiro momento. Ah! lembro-me bem do nosso contato inicial. Do papo desconexo e daquela vontade natural de se mostrar mais do que se é. Da evolução improvável e de, tempos depois, já aproximados por uma energia mais forte que nossos egos, em que nos esbaldávamos nas algazarras e nos gostosos porres homéricos, uma satisfação sem disfarces. Você pode, você é capaz, um dia iremos juntos conquistar a fama, você é 10. Palavras sustentabilizadoras, amenidades atiradas, para ofuscar os nossos instintos exercitados nas nossas ações impensadas e coléricas.
Numa onda de delírios, lutamos e abastecidos por uma utopia - utopia???? - transformadora, acreditamos na revolução, transformação, do mundo e de alguns aspectos que rodeavam nossos papos. Como foi bom sonhar os teus sonhos e vê-lo sonhar os meus. Sei que você sofreu por mim em alguns momentos da caminhada e sei que até discordou de mim. Obrigado...obrigado até mesmo por ter me achado um cara chato. E também, desculpa. Desculpa pelos meus desvarios, pela minha ausência prolongada, pelo meu destempero imoral. Sou assim... fazer o que? Te perdôo também pelos dias infelizes em que você me criticou, me sacaneou, decepcionou a mim. Somos todos seres falhos, mesquinhos, na maioria das vezes egocêntricos. Mas também ricos de mecanismos repleto de maravilhas funcionais orgânicas, por exemplo, e mais ainda de desdobramentos espirituais inconteste, porém, quase sempre imperceptíveis por nossa culpa, e nos colocamos a seguir nosso rumo terrestre nos alimentando do que existe de pior na formatação humana.
Queria voltar no tempo pra sentir aquele frescor dos invernos, aquela pulsação dos verões, aquela preparação dos outonos e a exposição das primaveras nas quais fomos felizes sem, no entanto, termos a capacidade de, naquele momento, entendermos toda a representatividade daquilo que nos envolvia. E o futebol? Bendito futebol, que por uma graça divina, sempre foi algo comum entre nós. Praticando o velho, bom, e vicioso esporte bretão chegávamos a uma sensação maravilhosa de comunhão. Mesmo torcendo por times diferentes, ou não, mantivemos o respeito necessário. Mas tudo não eram só maravilhas... as vezes, nos odiávamos na prática futebolísitca quando em times opostos desfilávamos o nosso humilde talento.
Por muito tempo acreditei que a vida é maior nos grandiosos momentos. Ledo engano! Das pequenas experiências é que hoje percebo ter construído em alicerce e pilares sólidos a nossa relação. Para quê nos grandes momento tudo se faça mais significativo, é imprescindível que tenhamos, sem perceber, esculpido naqueles momentos corriqueiros do dia a dia, nosso conteúdo. Hoje, distanciados pela distância física, somente, aqui estou... num novo lugar, tentando construir outras possibilidades. Sozinho, e me sentido na necessidade de confirmar essas novas possibilidades. No flutuar desse mar te digo que nada apagará nosso brilho. O que sinto sei que é imortal e, mesmo quando a morte do corpo físico me levar, tenho a certeza de que em pairagens misteriosos, que para muitos não existe, lá te ajudarei sempre e sempre.
Escrevo no singular, mas é no plural que me dirijo a vocês. Não são muitos, mas alguns... todos de uma consistência incorrosiva. Agradeço a Deus pela vida de cada um de vocês e peço sabedoria, competência, sorte, paz, saúde e, sobremaneiramente, desenvolvimento espiritual. Espalhados por todos os lugares nos quais passei. Cada um com sua Cultura, seus climas, suas particularidades, saúdo a todos e, Conectado a vocês pelo pensamentos me reaproximo e deixo o meu sentimento mais puro. Vocês são irmãos!!!! Não consanguíneos... e até por isso muito especiais porque não me foram impostos pelo plano Superior, e sim, conquistados na insanidade do mundo que nos cerca. AMO VOCÊS, amigos!

PS: Crônica dedicada aos amigos, nesta data em que se comemora " O DIA DO AMIGO! E pra mim, que sou tão derramado, até os colegas, eu batizo de amigo!

terça-feira, 29 de março de 2011

Segue em paz, Zé!

Acabei de receber a notícia, via TV, de que o ex vice-presidente, José Alencar, nos deixou. Caramba, que tristeza tomou conta de mim!!!! Zé foi um guerreiro durante toda sua vida. Desde a saída de casa - numa cidade mineira que não lembro o nome agora - indo para outro município mineiro iniciar a sua vida trabalhista, até a descoberta do câncer - que doença maldita. Passou por inúmeras cirurgias, quimioterapia, radioterapia, internações e sempre demonstrou a mesma confiança na vida, uma alegria estonteante, e uma devoção enorme a Deus. Aceitou tudo com uma sábia resignação e tinha por este país um amor do tamanho de sua hombridade.
Zé - tô muito emocionado, segurando a lágrima - segue em paz o seu caminho. Deus já te acolhe e te prepara para uma vida revigorativa no plano espiritual. Obrigado pelo seu legado de vitórias, pelo seu exemplo imaculado, pela sua esperança sempre renovada e por ter tornado a vida de brasileiros menos sofrida. Sei que tanto no Governo Federal como em sua empresa a preocupação com a auto estima, o bem estar de seres humanos sempre norteou os seus passos. Zé, saudades vamos sentir.
A tua história jamais será apagada. Um beijo em sua alma! Forças para a família.

sábado, 26 de março de 2011

Niver!

Hoje é o meu aniversário. A máquina corporal, graças a Deus, ainda funciona muito bem. Alegria sinto, mesmo que incompleta!
Nunca curti muito a data de meu aniversário... sei lá por que. Na verdade carrego comigo uma tristeza brumática e, mesmo com tudo que a vida me proporciona, tenho que fazer uma força absurda pra ser feliz. Apesar de tudo, agradeço ao tempo com sua sapiência acachapante e propriamente à vida.
Quero neste dia não ser homenageado e sim homenagear algumas pessoas que deixaram um legado imortal. Quero poder fazer um pouquinho do que eles fizeram - sei que vou esquecer de muita gente - e registrar a minha gratidão a esses seres errantes, porém profundos, corajosos, determinados, verdadeiros... enfim, meu ídolos.
Einstein; irmã Dulce; Cora Coralina; Gandhi; Sócrates; Platão; Frida Khalo; Joana D'arc; Florbela Espanca; Allan Kardec; Chico Xavier; Martin Luther King; Renato Russo; Cazuza; Ayrton Senna; Vinícius de Moraes; Dorothy Stang; Chico Mendes. Meu pai; meu sogro; amigos diversos. Especialmente, desde ontem tenho sentido uma saudade enorme, a Luis Carlos Alborghetti, o Dalborga. Queria ter a coragem, a verdade, o altruísmo, a confiança na vida e no bem que esse cara sempre teve. Comecei a fazer Jornalismo por causa dele. Consegui entrevistá-lo... que emoção e para quem não o conheceu é só procurar no youtube. Obrigado mestre!
Recluso em minhas indagações, agradeço a todo e qualquer ser que cruzou o meu caminho e quero ainda muito mais! Que assim seja!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Alegria versus Tristeza!

Paz e amor galera.
Chacoalhado por sentimentos contrários eis me aqui para abordar um pouquinho sobre dois acontecimentos dos últimos dias. De um lado a alegria radiante por ter, finalmente, R10 como reforço para o meu time. A decisão aconteceu depois de dias de muita novela em que o panorama mudava rapidamente. No final, enfim, recebi a notícia de que Ronaldinho Gaúcho era jogador do Flamengo. Ontem, 12 de Janeiro, uma multidão enlouquecida invadiu a Gávea para recepcionar o dentuço mais habilidoso do planeta. Mais de 20 mil pessoas cantaram, pularam, vibraram, se extasiaram em ver R10 com o manto sagrado agradecendo todo o carinho recebido e prometendo muita luta dentro de campo. Pude perceber no seu olhar um nervosismo, uma emoção, um sei lá de não se aguentar dentro de si, diante daquela massa - uma parte pequenina da maior torcida do planeta. Pessoal não adianta... faço uma força danada para entender o Flamengo sem me deixar levar pelo meu lado torcedor. Procuro me abster de passionalidade para analisar tudo o que envolve o Flamengo de uma maneira imparcial. Inevitavelmente chego a conclusão de que o Flamengo como dizia Nélson Rodrigues é uma força da natureza. Até na bagunça, na desorganização o Flamengo é o maior do mundo. Ora bolas, onde já se viu reunir tanta gente no acanhado estádio da Gávea? Temi pela segurança... muito oba oba, muita balbúrdia, uma zona tremenda... mas é isso: Mesmo com desorganização o Flamengo encanta. Tenho muita esperança de que R10 conseguirá conduzir a equipe a vitórias e se Deus quiser a títulos. Fora de campo o Flamengo vai ganhar muito... a marca só tem de se potencializar! Agora o Ronaldo tem de esquecer a festa e treinar, treinar e treinar. Com ele e Thiago Neves a cancha rubro negra tem tudo pra dar certo.
Derrubando toda a minha alegria, infelizmente, sou tocado por mais uma tragédia oriúnda dos delizamentos causados pela chuva que todo início de ano assola, o Rio de Janeiro. A região serrana, principalmente, Teresópolis, Nova Friburgo, foi acometida de fatos lamentáveis ao extremo. Por enquanto 400 pessoas mortas é o número oficial divulgado. Milhares desabrigados. Oh! Deus tem de piedade desses irmãos! Envolvido nesse sentimento fúnebre quero saber quem é que autoriza a construção de casas e casarões na beira das encostas? Se não existe autorização, o que fazem os orgãos encarregados de fiscalizar construções irregulares? Porra, de uma vez por todas, vamos fazer com que a atuação do poder público em várias esferas venha a funcionar. Chega de omissão, vista grossa, negligência, benevolência com o errado. Volto a frisar: todo início de ano é a mesma coisa, só muda o lugar. Desabamentos, soterramentos, deslizes de terra, ceifam a vida de milhares de brasileiros trabalhadores. Ainda temos algumas vezes de ouvir por parte dos governantes que a culpa é da chuva que cismou de cair em proporções acentuadas.
Muitos já se foram. Crianças, idosos, gente de toda a idade. Façamos uma prece pelos que partiram. Ajudemos os desabrigados que precisam recomeçar do zero. Doem dinheiro, comida, remédios, roupas, enfim, amor representado por ações relevantes por assim dizer. Irmãos queridos da região serrana do Rio um emanar de força e amor bem intenso pra vcs. Que Deus os abençoe!